Parametrização de dispositivos de proteção e verificação funcional de relés digitais em painéis de distribuição, utilizando normas IEC 60255 como referência. Parametrização de dispositivos de proteção e verificação funcional de relés digitais em painéis de distribuição, utilizando normas IEC 60255 como referência.
F: FPK

Curso Instalação de Relés

Parametrização de dispositivos de proteção e verificação funcional de relés digitais em painéis de distribuição, utilizando normas IEC 60255 como referência.

Nome Técnico: CURSO APRIMORAMENTO COMO EXECUTAR INSTALAÇÃO, PARAMETRIZAÇÃO E ENSAIOS DE RELÉS – NÍVEL 03/03

Referência: 191202

Ministramos Cursos e Treinamentos; Realizamos Traduções e Versões em Idioma Técnico: Português, Inglês, Espanhol, Francês, Italiano, Mandarim, Alemão, Russo, Sueco, Holandês, Hindi, Japonês e outros consultar

Qual Objetivo do Curso Instalação de Relés?

O Curso Instalação de Relés tem como objetivo principal capacitar profissionais para realizar, com excelência técnica, a instalação física, parametrização avançada e execução de ensaios funcionais em relés de proteção utilizados em sistemas elétricos de baixa, média e alta tensão.

Além disso, o Curso Instalação de Relés habilita o participante a interpretar registros de eventos, aplicar normas como IEC 60255 e IEC 61850, e emitir relatórios técnicos com validade jurídica, incluindo emissão de ART e análise de conformidade com a NR 10.

O que são relés?

Relés de proteção são dispositivos inteligentes que monitoram, detectam e atuam automaticamente em situações de falha elétrica, com a finalidade de proteger equipamentos, integridade humana e garantir a continuidade operacional.

Além disso, o relé mede grandezas elétricas (corrente, tensão, frequência, ângulo de fase), compara com limites pré-ajustados e, ao identificar desvios críticos, aciona comandos de abertura para disjuntores, alarmes ou lógicas de contingência. Portanto, os relés digitais modernos incorporam funções de:

Proteção (ANSI functions);
Medição e supervisão;
Comunicação industrial (IEC 61850, Modbus TCP, DNP3);
Lógicas programáveis com entradas/saídas digitais e analógicas.

Nos sistemas modernos, os relés digitais (IEDs) agregam funcionalidades de medição, supervisão, lógica programável e comunicação via protocolos industriais (IEC 61850, Modbus, DNP3), sendo assim, elementos críticos em subestações, plantas industriais e redes automatizadas.

Aplicação de relés multifuncionais e lógica programável para controle elétrico automatizado em ambientes industriais e sistemas de irrigação com CLPs. - Curso Instalação de Relés.
Aplicação de relés multifuncionais e lógica programável para controle elétrico automatizado em ambientes industriais e sistemas de irrigação com CLPs.

Curso Instalação de Relés: Quais Tipos de relés?

Os relés digitais e multifuncionais são os mais utilizados atualmente, por sua flexibilidade, precisão e capacidade de comunicação com sistemas SCADA e RTACs.

Tipo de Relé Características Principais
Eletromecânico Acionamento por bobina e contatos físicos
Analógico Baseado em circuitos eletrônicos analógicos
Digital (Numerical) Processamento por microcontroladores
Multifuncional Integra diversas proteções em um único equipamento
Direcional / Diferencial Usa vetores de corrente e tensão para proteção refinada

Quais ensaios são aplicados para validar o funcionamento das proteções configuradas em campo?

Os ensaios garantem que o relé responda corretamente às grandezas anômalas previstas na parametrização. São aplicados ensaios funcionais e dinâmicos conforme IEC 60255-121, IEC 61850-10 e práticas de comissionamento:

50/51 (sobrecorrente instantânea e temporizada): Corrente injetada progressivamente, análise da curva tempo x corrente.
87 (proteção diferencial): Correntes desbalanceadas nas entradas do relé para simular curto interno.
67 (proteção direcional): Injeção de corrente com variação de ângulo em relação à tensão.
27/59 (sub/sobretensão): Simulação de falha em transformador, falta de fase, ou surto.
81 (sub/sobrefrequência): Injeção com rampa de frequência para simular instabilidade de rede.
50BF (falha de disjuntor): Geração de condição onde o relé deve identificar a falha e transferir o comando.
79 (religamento): Avaliação de ciclos, temporização e bloqueios por falta persistente.

Todos os resultados devem ser documentados em laudos técnicos, com evidência em gráficos, tempo real, tempo de atuação e registros COMTRADE.

Qual a metodologia aplicada nos testes de relés com injetores trifásicos durante os ensaios funcionais?

A metodologia segue rigorosamente a IEC 60255. Portanto, os ensaios são conduzidos com injetores como Omicron CMC, ISA DRTS ou Megger SMRT, utilizando:

Cargas simuladas e tensões trifásicas ou monofásicas ajustáveis;
Sincronização de canais e injeção de eventos dinâmicos ou estáticos;
Medição precisa do tempo de atuação (trip time) e comparação com a curva ajustada;
Análise gráfica da resposta do relé e geração automatizada de relatórios com evidências técnicas.

Além disso, essa metodologia valida não apenas o funcionamento lógico, mas também a capacidade de operação do relé em condições reais de sistema.

Montagem e reaperto de conexões em painel elétrico com relés de proteção, etapa essencial antes da parametrização e comissionamento conforme NR 10 e normas técnicas. - Curso Instalação de Relés.
Montagem e reaperto de conexões em painel elétrico com relés de proteção, etapa essencial antes da parametrização e comissionamento conforme NR 10 e normas técnicas.

Quais critérios definem a coordenação entre relés de sobrecorrente, diferencial e direcional?

A coordenação entre funções de proteção visa garantir seletividade, confiabilidade e mínima interrupção de fornecimento. Dessa forma, os critérios incluem:

Curvas padronizadas (IEC 60255-151): Curvas Normal Inversa (NI), Muito Inversa (VI), Extremamente Inversa (EI);
Seletividade temporal: Intervalo entre a atuação do relé principal e do backup;
Coerência de zona: Relé diferencial em zona restrita, direcional assim com base vetorial;
Tempo mínimo de não-atuação (time grading margin): Usualmente 0,3 a 0,5 s para assim evitar simultaneidade;
Estudo de coordenação: Realizado em software (ETAP, DIgSILENT PowerFactory).

Portanto, relés mal coordenados resultam em desligamentos indevidos em barras inteiras, transformadores não afetados ou linhas de interligação.

Quais cuidados devem ser tomados na alteração de ajustes via software e painel HMI?

Qualquer alteração de parâmetros em campo exige controle de versão, plano de reversão e validação funcional. Portanto, abaixo, os cuidados imprescindíveis:

Backups com hash de integridade e data/hora de emissão;
Validação de permissões (usuário administrador x operador);
Comparação automática (diff) entre arquivos de ajustes;
Teste em bancada ou ambiente simulado, com logs ativados;
Bloqueio físico ou via senha para alterações não autorizadas.

Falhas nesta etapa podem provocar descoordenação de proteção, bloqueio do relé, ou sendo assim, pior: inibição da atuação em caso de falha real.

Execução de testes de continuidade e polaridade em painéis elétricos com relés de proteção, conforme requisitos da NBR 14039 e NR 10.
Execução de testes de continuidade e polaridade em painéis elétricos com relés de proteção, conforme requisitos da NBR 14039 e NR 10.

Quais erros comuns na instalação de relés e como evitá-los?

Erro Técnico Consequência Grave Prevenção Técnica Recomendada
Polaridade incorreta de TCs e TPs Atuação invertida ou não atuação Ensaio de malha, verificação de diagramas e etiquetas
Aterramento indevido ou ausente EMI, falsos disparos, risco de choque Projeto de aterramento funcional e teste de continuidade
Roteamento inadequado de cabos Indução mútua, ruído de sinal Uso de cabos blindados, dutos isolados e aterramento em ambos os lados
Falta de supervisão e watchdog Relé aparentemente “ativo” sem operar Programação de autotestes internos e watchdogs com alarme

Qual importância da Parametrização de relés?

A parametrização é o que transforma um relé em um agente ativo de proteção inteligente. Dessa forma, sem ela, o equipamento não reconhece os limites operacionais da instalação nem distingue falha real de evento transitório.

Sendo assim, ela deve considerar:

Características nominais e limites térmicos do sistema protegido;
Sequência lógica das proteções (principal, backup, supervisão);
Tempo de atuação seletivo com base em curvas normalizadas;
Cenários simulados de falha para ajustes finos.

Portanto, parametrizar corretamente é garantir que o relé entenda a realidade elétrica da instalação, responda com precisão, registre o evento e comunique-se com o sistema SCADA ou o operador de subestação.

Clique no Link:  Critérios para Emissão de Certificados conforme as Normas

Veja Também:

Laudo de Medição de Continuidade Elétrica
Atestado Instalações Elétricas Anexo K Corpo de Bombeiros
Relatório de Manutenção Eletricidade NR 10

Treinamento Livre Profissionalizante Noções Básicas (Não substitui Formação Acadêmica ou Ensino Técnico)

Carga horária: 40 horas/aula

Certificado de conclusão

Pré-Requisito: Alfabetização e Conhecimentos Técnicos na Área


Curso Instalação de Relés

CURSO APRIMORAMENTO COMO EXECUTAR INSTALAÇÃO, PARAMETRIZAÇÃO E ENSAIOS DE RELÉS – NÍVEL 03/03
Carga Horária Total: 40 Horas

Módulo 1 – Filosofia de Proteção e Arquitetura de Sistemas (6h)
Princípios de seletividade, sensibilidade, confiabilidade e rapidez.
Coordenação entre proteções primárias e secundárias.
Topologias típicas de proteção em sistemas industriais e concessionárias.
Introdução ao conceito de RTAC (Remote Terminal Automation Controller) e sua função integrada.

Módulo 2 – Funções de Proteção Aplicadas e Lógicas (8h)
Funções ANSI: 50/51, 50N/51N, 87, 27/59, 46, 67, 81, 21, 79.
Implementação de lógicas programáveis internas (SELogic, Logipac, IEC 61131).
Geração e manipulação de blocos lógicos para intertravamentos e permissões.
Casos de falhas reais e simulações.

Módulo 3 – Configuração e Parametrização de Relés Multimarcas (12h)
Estudo aplicado dos principais fabricantes:
SEL (Schweitzer Engineering Laboratories)
Schneider Electric (Easergy, Micom)
ABB (REL, REF, RET series)
SIEMENS (Siprotec)
ELECTRON, GE Multilin e similares
Instalação de software, conexão e comunicação via cabo serial, USB ou rede Ethernet.
Manipulação e comparação de arquivos de configuração.
Parametrização via painel HMI e via software.
Carregamento, leitura e gravação de arquivos de ajustes.

Módulo 4 – Testes, Ensaios e Interpretação de Resultados (10h)
Execução de testes manuais e automáticos com injetores (Omicron, ISA, Megger).
Simulação de falhas: sobrecorrente, subtensão, falta à terra, diferencial.
Leitura de medições em tempo real, análise de log de eventos e oscilografias (COMTRADE).
Ajustes finos conforme tempo de atuação e corrente nominal.
Geração e interpretação de relatórios de ensaio com evidências técnicas.

Módulo 5 – Documentação Técnica e Relatórios (4h)
Levantamento de dados, características técnicas e organização de parâmetros.
Geração de relatórios estruturados: modelo técnico + ART.
Rastreabilidade dos dados de teste e ajustes parametrizados.

NOTA:
Ressaltamos que o Conteúdo Programático Geral do Curso ou Treinamento poderá ser alterado, atualizado, acrescentando ou excluindo itens conforme necessário pela nossa Equipe Multidisciplinar.
É facultado à nossa Equipe Multidisciplinar atualizar, adequar, alterar e/ou excluir itens, bem como a inserção ou exclusão de Normas, Leis, Decretos ou parâmetros técnicos que julgarem aplicáveis, estando relacionados ou não, ficando a Contratante responsável por efetuar os devidos atendimentos no que dispõem as Legislações pertinentes.

Curso Instalação de Relés

Curso Instalação de Relés

Participantes sem experiência:
Carga horária mínima = 80 horas/aula

Participantes com experiência:
Carga horária mínima = 40 horas/aula

Atualização (Reciclagem):
Carga horária mínima = 20 horas/aula

Atualização (Reciclagem): O empregador deve realizar treinamento periódico Anualmente e sempre que ocorrer quaisquer das seguintes situações:
a) mudança nos procedimentos, condições ou operações de trabalho;
b) evento que indique a necessidade de novo treinamento;
c) retorno de afastamento ao trabalho por período superior a noventa dias;
d) mudança de empresa;
e) Troca de máquina ou equipamento.
NR 18.14.2.1 Os operadores devem ter ensino fundamental completo e devem receber qualificação e treinamento específico no equipamento, com carga horária mínima de dezesseis horas e atualização anual com carga horária mínima de quatro horas.

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Referências Normativas (Fontes) aos dispositivos aplicáveis, suas atualizações e substituições até a presente data:
NR 01 – Disposições Gerais e Gerenciamento de Riscos Ocupacionais;
NR 10 – Segurança em Instalações e Serviços em Eletricidade;
NBR 14039 – Instalações elétricas de média tensão;

NBR 5410 – Instalações elétricas de baixa tensão;
NBR 9029 – Emprego de relés para proteção de barramento em sistema de potência – Procedimento;
NBR IEC 61439-1 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 1: Regras gerais;
NBR IEC 61439-2 – Conjuntos de manobra e comando de baixa tensão – Parte 2: Conjuntos de manobra e comando de potência;
Emprego de relés para proteção de barramento em sistema de potência – Procedimento;
RTACs, Diversos SEL, SCHANEIDER, ABB, SIEMENS, ELECTRON;

Protocolo – Guidelines American Heart Association;
ISO 10015 – Gestão da qualidade – Diretrizes para gestão da competência e desenvolvimento de pessoas;
ISO 45001 – Sistemas de gestão de saúde e segurança ocupacional – Requisitos com orientação para uso;
ISO 56002 – Innovation management – Innovation management system;
Target Normas;
Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT;
Nota: Este Serviço atende exclusivamente as exigências da MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) quando se tratar de atendimento a outros Órgãos, informe no ato da solicitação.

Curso Instalação de Relés

Curso Instalação de Relés

Esclarecimento: O propósito do nosso Curso é aprimorar os conhecimentos do aluno passo a passo de como elaborar o Relatório Técnico; O que habilita o aluno a assinar como Responsável Técnico, são, antes de mais nada, as atribuições que o mesmo possui perante ao seu Conselho de Classe CREA.

O nosso projeto pedagógico segue as diretrizes impostas pela Norma Regulamentadora nº1.

Após a efetivação do pagamento, Pedido de Compra, Contrato assinado entre as partes, ou outra forma de confirmação de fechamento, o material didático será liberado em até 72 horas úteis (até 9 dias), devido à adaptação do conteúdo programático e adequação às Normas Técnicas aplicáveis ao cenário expresso pela Contratante; bem como outras adequações ao material didático, realizadas pela nossa Equipe Multidisciplinar para idioma técnico conforme a nacionalidade do aluno e Manuais de Instrução Técnica Operacional e de Manutenção especifícos das atividades que serão exercidas.

Atenção: O Curso ensina a Aplicar os conceitos normativos da norma, o que habilita a assinar Projetos, Laudos, Perícias etc.  são as atribuições que o (a) Profissional Legalmente  Habilitado possui junto aos seu Conselho de Classe a exemplo o CREA.
Este curso tem por objetivo o estudo de situações onde será necessário a aplicação de: Conceitos e Cálculos conforme Normas pertinentes e não substitui a análise e responsabilidade por parte de cada profissional credenciado junto ao CREA ou outros Conselhos de Classes nas mais variadas situações,  onde se torna impreterivelmente necessário respeitar as condições de conservação dos equipamentos, aferição periódica dos instrumentos, tal como o respeito de capacidade primária pré-determinada pelos fabricantes de EPI’s, entre outros embasados nas Normas correspondentes.

OUTROS ELEMENTOS QUANDO PERTINENTES E CONTRATADOS:
Filosofia de proteção;
Conceito das funções de proteção aplicadas;
Estudo de relés e RTACs diversos SEL, SCHANEIDER, ABB, SIEMENS, ELECTRON…;
Comunicação, parametrização e configuração dos relés utilizando o software relacionado;
Lógicas, manipulação e comparação de arquivos, medições e log de eventos;
Alteração de ajustes através do software / painel;
Testes das principais funções de proteção de forma manual / automática;
Levantamento das características, geração de relatórios e interpretação de resultados.
Estratégia:
Aulas tipo exposição acompanhadas de material didático de leitura. Perguntas e estudos de casos especiais fornecendo panorama geral de casos reais.

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Saiba Mais: Curso Instalação de Relés

4.1. Tipos de Relés
Os relés são dispositivos que têm como objetivo principal a proteção do sistema elétrico em que estão inseridos. Para tal, realizam de maneira sistemática a comparação entre parâmetros do sistema e os valores com os quais foram pré-ajustados. Apesar de contar com outros dispositivos, é o relé que tem a responsabilidade pela lógica de atuação no sistema elétrico de proteção.
Atualmente estes dispositivos possuem várias características que foram crescendo na medida em que a eletrônica aprimorou-se e embutiu-se aos poucos dentro das funções de proteção estabelecidas por outros tipos de mecanismos de acionamentos. Dentre elas, podemos citar:
Sensibilidade: de forma a atuar dentro de sua faixa de operação e evitando operações indevidas do mecanismo de atuação em tempos não desejados;
Rapidez: principalmente para evitar maiores danos ao sistema elétrico ou ao equipamento que está se querendo proteger, condicionando-o ao menor tempo possível na condição de defeito;
Confiabilidade: neste aspecto, os relés devem ser extremamente confiáveis, já que é de   responsabilidade dos mesmos atuar em todas as condições que o sistema elétrico possa apresentar.
Os relés surgiram no início do século XX (COURY e OLESKOVICZ, 2007) e são classificados em diversos grupos de acordo com seus aspectos construtivos. A título de compreensão do desenvolvimento tecnológico deste dispositivo, é feito um estudo macroscópico acerca de três tipos de relés: eletromecânicos, estáticos e digitais.

4.1.1. Relés Eletromecânicos
Os relés eletromecânicos são os pioneiros da proteção, projetados e construídos com predominância dos movimentos provenientes de acoplamentos elétricos e magnéticos. São  mais elementares e seu princípio de funcionamento é baseado na movimentação da alavanca interruptora quando a bobina do relé é percorrida por uma determinada corrente, gerando assim um campo magnético que resulta na operação do relé.
Devido à atuação somente por variação de tensão ou corrente, a atuação do relé eletromecânico se limita às proteções relacionadas a essas duas grandezas, como sobrecorrente instantânea ou temporizada, sub e sobretensão (COURY e OLESKOVICZ, 2007).

4.1.2. Relés Estáticos
Conhecidos também como relés eletrônicos, os relés estáticos ganharam espaço com o desenvolvimento de transistores SCR (Silicon Controlled Rectifier), que garantiram alta confiabilidade ao sistema de proteção. Nestes relés não há nenhum dispositivo mecânico em movimento; todos os comandos e operações são feitos eletronicamente.
Sua evolução em relação aos eletromecânicos é grande, pois possuem maior facilidade de interpretação, ajuste e operação por parte do usuário, sendo possível desenvolver esquemas de proteção mais avançados.
Após passar por um TC, a corrente chega ao relé que a compara com um valor de corrente pré-estabelecido pelo operador. Se a corrente de entrada for maior que a referência, o pulso de comando de atuação é gerado pelo relé.
Por não ter inércia mecânica, seu tempo de atuação é mais rápido que o relé eletromecânico. Também se soma aos relés eletrônicos a vantagem de possuírem menor manutenção, haja vista a inexistência de partes móveis. Em contrapartida, a operação deste tipo de relé só é garantida em uma faixa específica de temperatura.
4.1.3. Relés Digitais Os relés digitais, mais conhecidos como Dispositivos Eletrônicos Inteligentes (IEDs –Intelligent Electronic Devices), são relés eletrônicos gerenciados por microprocessadores específicos a este fim, onde sinais de entrada das grandezas e parâmetros digitais são controlados por um software que processa a lógica da proteção por meio de algoritmos.
O relé digital pode simular um relé ou vários tipos de relés existentes num só equipamento, possuindo ainda outras funções, tais como realizar medições de suas grandezas de entrada e/ou associadas, sendo conhecido como relé multifunção.
À medida que agregam mais recursos, os relés digitais têm sido cada vez mais utilizados no meio industrial. Devido ao menor número de cabos e equipamentos necessários à sua utilização, o uso dos IEDs permite uma redução no custo de implantação e manutenção do sistema de proteção, além de possibilitar trocas de informações mais rápidas, simplificação do projeto, maior confiabilidade e permitir a sincronização temporal dos dispositivos.
F: Centro Federal de Educação Tecnológica de MG – Vinícius Ferreira Goulart.

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